segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O BLOG


domingo, 5 de agosto de 2012

Por uma estátua!

Amigos e fãs da Carmen,
existe hoje uma campanha para uma estátuia em sua homenagem no Rio de Janeiro.
Quem está a frente disto é um sujeito louco por ela: Doni Sacramento.
Se você também acha que ela merece essa homenagem, entre no site abaixo e assine:


"Cuidar da memória de Carmen Miranda também é um ato de cidadania e de civilidade. Por isso, todo bom brasileiro pode ajudar".

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A MINHA CARMEN

Das muitas fotos que fiz...
gosto destas, em especial.

Os olhos brilhando, o desenho das mãos, a alegria contagiante, marcas registradas da Pequena Notável, nelas vejo refletidas.



Você vai ouvir " I Like You Very Much - I, Yi, Yi, Yi, Yi", fox-canção de Harry Warren e Mack Gordon, do filme "Uma Noite no Rio" com o Bando da Lua.
" Chica Chica Boom Chic", canção-fox ou samba-rumba do filme "Uma Noite no Rio", de Harry Warren e Mack Gordon, com o Bando da Lua.



Este ensaio fotográfico foi feito, em junho de 1999,
para a revista Já do Diário Popular
...Taí... No vídeo abaixo, você vai ouvir South American Way, samba feito para o filme Serenata Tropical de Jimmy Mac Hugh - Al Dubin.
Fazer Carmen é sem dúvida uma batata quente! Uma artista única como ela não pode ser simplesmente imitada. Tem a tal da coisa da genética, sabe? Meu papel como atriz é trazer para a cena, todas e quaisquer informações que remetam a ela: suas inflexões de voz, sua brejeirice, seu repertório, sua mise-en-scene, afinal.
O que faço aqui é mostrar a Carmen.
viviane figueiredo
Mais informações »

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

CARMEN, ESTILISTA E DESIGN


Em 1999, quando precisei de um sapato plataforma como os da Carmen, ninguém fazia, exceto um ou outro artesão como sr. Davi, sapateiro da 9 de julho e preferido das transformistas, drags, mulheres da noite e artistas. E era uma fábula!
Fui ao Museu Carmen, copiei os modelos, fiz as encomendas, e saí por ai...

Hoje, no século XXI,  praticamente todas as grifes possuem modelos à la Carmen. 

O sapato de aleijado, em 1930, é hoje um ícone obrigatório do mundo faschion!


De semana da moda a Lady gaga!


E viva a Carminha cheia de it e modernidade.


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

CENTENÁRIO CARMEN MIRANDA

CENTENÁRIO CARMEN MIRANDA
1909 * 1955

Carmen Miranda, batizada Maria do Carmo Miranda da Cunha, nasceu em 9.02.1909, num bairro rural da pequena cidade de Marco de Canavezes....



O Museu Carmen Miranda, situado na Av. Rui Barbosa, no bairro do Flamengo, Rio de Janeiro celebrou o centenário de nascimento da Pequena Notável.Uma semana de palestras, exibição de filmes, debates e shows!


... imagens de filmes da Carmen foram projetadas na fachada do Museu...



Tenda onde ocorreram todas as atividades: exibição de filmes, shows, palestras, etc.








domingo, 1 de fevereiro de 2009

O MUSEU E EU

Você vai ouvir "Mulato de Qualidade", 1932, samba de André Filho com o grupo Canhoto e "Cantores do Rádio, de 1936, marcha do trio Lamartine Babo, Alberto Ribeiro e Jõao de Barro. Carmen e Aurora, no filme "Alô Alô Carnaval", cantam-na com um conjunto de fraque, cartola e calça comprida, numa cena antológica. Regravada e cantada no filme "Quando o Carnaval Chegar", de 1972, por Chico Buarque, Nara Leão e Maria Bethania.


Carmen, no futuro
O futuro, sabemos, está sendo construído hoje.Se no hoje, não houver um esforço coletico e uma consciência da preservação da memória nacional, a Carmen no futuro vai ter sua imagem, lentamente, apagada das páginas dos livros; calada será sua voz nos discos; seus balangandãs, figurinos e adereços corroídos, meticulosamente, pela maresia da baía de Guanabara, onde seu museu, aguardando das autoridades, por trinta anos, uma sede definitiva, possa abrigar com justiça e dignidade todo o seu acervo.Será que para 2009 esse não seria o melhor presente para a cidade do Rio e para o Brasil?
Viviane Figueiredo
dedicado a Doni Sacramento.
Em 2009 Carmen Miranda completa cem anos. Ela é a portuguesa mais brasileira de todos os tempos!
Nascida em fevereiro de 1909, em Marco de Canavezes, veio para o Brasil com menos de um ano de idade, e em um Rio de Janeiro, com ares afrancesado, como cabia a toda a cultura da época, viveu, sambou e subverteu a ordem até meados de 1939, quando a bordo do navio Normandie, partiu para outras praias, não sem antes
deixar aqui quase três centenas de músicas gravadas, da nata dos compositores brasileiros. Estes se jogavam a seus pés! São marchinhas, sambas-choro, sambas-jongos e sambas onde impôs sua genialidade, sua personalidade süi generis, seu espírito vanguardista e cosmopolista. Foi multimídia, atuando nos discos, nas rádios, no teatro, cinema e na televisão.

Você assistiu Carmen cantando " O que é que a bahiana tem" , samba típico baiano de Doryval Caymmi, com acompanhamento do grupo Regional, para o filme "Banana da Terra", de 1939. Com a graça e encanto de Carmen, a baiana, antes um traje vulgar, adquiriu outro valor. E de baiana Carmen foi para a Urca e para a América, conquistando o mundo e transformando a baiana no traje típico nacional e representativo da mulher brasileira.


Ela foi magistral em conciliar glamour com popularidade. Diferentemente das celebridades sem conteúdo de hoje, Carmen Miranda, soube como ninguém tornar-se acessível e inesquecível para os compositores e para o seu público, que foi, quase por unanimidade, o Brasil inteiro!
Seu gosto extravagante, sua imaginação fértil, sua beleza, sua dicção fabulosa, sua voz, seu rítmo, sua bossa, seu it...it...it
"A Cantora do it"
"Ditadora Risonha do Samba"
Em 1941, dois anos, só dois aninhos, lá fora, já estava se imortalizando na calçada da fama, isso em uma Hollywood onde divas e deuses brigavam pelo pódio do Olimpo. Não deve ter sido nada fácil a pressão que a nossa Maria do Carmo Miranda enfrentou para manter-se ali. Também nada fácil, manter-se longe daqui.
Quando ela cansou, em agosto de 1955, deu um jeito de bater as botas com um infarto e foi sambar lá no Céu. Às vezes, ainda dá pra ouvir as suas risadas.

Até Tom e Jerry reverenciam a "Brazilian Bombshell"
v.f

domingo, 23 de setembro de 2007

PROCESSO DE CARACTERIZAÇÃO / MAQUIAGEM

Eu e o meu querido Beto França!




Ao fundo, você ouve a Carmen numa interpretação bem brejeira de um sambinha jocoso de André Filho, " O meu amor tem", sucesso de 1930, que eu adoro!

"ALô ... Alô?", de 1933, samba de André Filho, em dueto com Mario Reis e com o grupo Canhoto.

Ouviu também, "Foi Embora Pra Europa", de 1938, samba de Nelson Petersen, que fazia parte do conjunto Bando Carioca.

Nestas fotos você acompanha o processo de caracterização artística, feita pelo maquiador Beto França, neste making off que gerou o blog.

Nossa parceria, já dura, cerca de nove anos, quando ele

me maquiou pela primeira vez, ainda no Senac, onde lecionava.

Para mim, isto representou o pontapé inicial para o estudo desta personagem.

Àquela época, quando decidi interpretar Carmen, a primeira coisa que me ocorreu foi: mas eu não sou parecida com ela! Como fazer para trazer a lembrança dela estampada em meu rosto, já que ela, Carmen, tem traços tão característicos?

A caracterização do Beto me trouxe a resposta, e dali em diante, vestida com a máscara da Carmen, entendi o modo como ela usava aqueles traços que ela também criou para si. Os recursos estéticos - boca grande vermelha, sombancelha arqueada - se transformaram em instrumentos de atuação, e é por isso que ela canta sorrindo, com trinta e dois dentes à mostra, erguendo sombrancelhas e revirando os olhos.

Aproximar minha fisionomia à dela não era o suficiente, como não é o suficiente pintar uma boca grande vermelha, colocar um chapéu de frutas e sair por aí...

Esta matéria do jornal Agora ilustra bem a confusão! Primeiro chama a atenção o título macabro, em seguida vem a notícia que coloca os artistas como sósias que ganham o pão com a semelhança de seus ídolos. Embora, eu tenha frisado a diferença do trabalho do sósia com o de um ator que constroi o personagem, através da caracterização, na hora do vamô , a coisa foi bem outra. Dá-lhe mídia!

Neste vídeo você ouviu " Cuíca, Pandeiro, Tamborim...", de 1936, samba de Custódio Mesquita, amigo e pianista de Carmen em espetáculos.

2007


2007


2007


1998

1999

1999

Você vai ouvir " Mamãe eu quero - I want my mama", marcha do filme Serenata Tropical, de Jararaca - Vicente Paiva. No filme, de 1940, Carmen é acompanhada pelo Bando da Lua e Garoto.

Continuei a minha pesquisa, a partir da maquiagem, fazendo o que chamei de experimentações.

Nestas experimentações, tentei construir o gestual próprio da Carmen, e me submeti a pequenas platéias

no intuito de testar o personagem, e sobretudo, medir o impacto desta figura, hoje, na nossa cultura, e foi impressionante constatar que a Carmen faz parte do imaginário popular brasileiro.

Para os aultos isso já era esperado, mas com os jovens, ainda que não a conheçam, quando apresentada, ela possui um algo, um " it" que fisga, que a faz ser respeitada, independentemente do estilo musical, estética e outros parâmetros individuais.

O que é que a baiana (portuguesa - carioca) tem?

Observe que engraçado, por um erro gráfico, eu, Viviane Figueiredo, fui interpretada por ninguém menos do que ela, a incrível, Carmen Miranda.

O evento acima foi realizado pela APM - Associação Paulista de Medicina, para a Terceira Idade, e foi um sucesso! No meio do show alguns idosos lembraram-se dos carnavais de antigamente e começaram a tirar outros para dançar. Foi lindo! Ao final do show, um senhor chorou, lembrando a esposa falecida que havia conhecido em um carnaval, onde as marchinhas de Carmen embalaram o romance. Estes depoimentos dão sentido à carreira de um artista.

Um dos equívocos que cometi, na primeira fase de pesquisa, foi super lotar a baiana de balangandãs, o que foi engraçado, porque olhando as primeiras fotos da Carmen, nas revistas Cruzeiro, quando havia acabado de "inventar" a sua baiana, também dá para perceber o exagero dela, Carmen, nos balangandãs.

No vídeo acima, você ouviu South American Way, samba feito para o filme "Serenata Tropical" de Jimmy Mac Hugh - Al Dubin, acompanhada do Bando da Lua e Garoto.

Neste vídeo, já na sua fase americana, Carmen aparece cheia de balangandãs, mas existe uma sofisticação no padrão estético e também na própria confecção dos mesmos, onde boa parte já aparecem grudados na roupa.

Nos Estados Unidos, com uma agenda lotada, com shows na Broadway e filmagens em Hollywood, não havia tempo entre uma troca e outra, para colocar vários acessórios, e então suas bijoux se transformam, sempre apresentando a mesma exuberância de cores e formas, mas com um pequeno truque: vários colares em um único; poucas pulseiras, cada vez maiores, entre outros.

O efeito lisérgico que propicia , no entanto, continua, sempre!

Curiosidade: Maria do Carmo Miranda recebeu este nome em homenagem a Carmen de Bizet, e esta outra Carmen, tão passional e inesquecível, eu tive também o prazer de interpretar